sábado, novembro 05, 2005

Abandono VS Amor


Alguém deixou o seguinte comment, “o abandono é não ter alguém a quem amar!”.
Á partida, poderíamos concordar com esta afirmação, mas eu pergunto, o facto de não termos alguém a quem amar, como nos pode levar a pensar em abandono? Bem, tudo depende do significado que dermos as palavras amor e abandono. Podemos nós conscientemente ou não, não amar alguém?; podemos não ter o chamado amor próprio, mas podemos amar alguém, nem que seja platonicamente!; podemos inclusivamente amar alguém, e no entanto sentirmo-nos abandonados, ou pela sorte, pelo próprio amor, pela própria alma, ou gelados pelos ventos que sopram de encontra o coração!!
Sentirmo-nos abandonados, é por vezes, não conseguir fazer passar as mensagens do que sentimos ou pensamos, a quem queremos, ou a qualquer alma que seja... é quando a comunicação falha e se perde aleatoriamente, ou chega distorcida e ai nos sentimos incompreendidos, e ficamos numa ilha, completamente isolados. Certamente que ninguém absorve e interpreta a informação da mesma maneira, mas a ideia central e fundamental, deveria chegar de igual maneira para todos. Teremos códigos diferentes, certamente que sim, mas não serão eles de maneira geral universais!? Na minha opinião, não posso concordar que o abandono passe por não termos alguém a quem amar e vice verça, mas o que é a minha opinião!...
By xbs

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Se amar é o desejo de expansão do EU e o crescimento dos limites do EU, acho difícil amar alguém sem termos amor próprio. Afinal, como podemos nós amar alguém, ou seja, entender, respeitar e proporcionar o crescimento da pessoa amada, se nós próprios não sabemos expandir o nosso EU? Não se pode dar aos outros aquilo que nós próprios não temos.
Quanto ao abandono não há dúvia de que "o abandono é não ter alguém a quem amar", principalmente se pensarmos no vazio quando expandimos o nosso EU mas esticamos o braço e não encontramos nada nem ninguém, ou quando nem podemos esticar o braço porque ainda não expandimos os nossos limites.
O abandono diminui à medida que deixamos o nosso EU sobrepor-se ao da pessoa amada como dois circulos que à medida que se expandem aumentam a área de sobreposição. A sobreposição nunca será completa, isto é, o abandono nunca desaparecerá, no entanto poderá diminuir tanto mais quanto maior for a expansão dos limites do EU, quanto maior for o crescimento do EU.
O abandono será a parte de nós que não toca nada nem ninguém, que não é partilhada com nada nem ninguém.

7:05 da tarde  
Blogger Unknown said...

não custa nada assinar os comments!

não temos de ter vergonha de dizermos o q pensamos....

2:55 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Penso que quem ama não conseguirá sentir o abandono....se uma pessoa ama e tem essa capacidade de partilhar pensamentos, sentimentos, emoções, experiências com o devido respeito e empatia, muito dificilmente se irá sentir abandonado. Na minha opinião o abandono está associado ao egocentrismo.

2:26 da tarde  

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